sábado, 27 de outubro de 2007

Abracei o elefante de Drummond e mais um monte de coisa

E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome, que zomba dos outros,
Você que faz versos, que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio,
- e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse, a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse....
Mas você não morre, você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja do galope, você marcha, José! José, para onde?

sábado, 6 de outubro de 2007

Peso.

Ai que quando quero fugir de mim mesma
À queda o medo me toma
O quotidiano que em mim desaquarela
Torna-se querela e esfarela
E de repente sinto uma vontade enorme de abraçar aquele Elefante de Drummond e não pensar em mais nenhuma coisice de mágoa.
***
Ah querelas de aquarela que merreca é a vida.
Casar ou comparar uma bicicleta?
Tudo são apenas querelas.
Monica Messias

Pequena indistração na madrugada

É só uma curiosidade lançada, pra vocês verem que eu tento, mas é difícil. Ontem à noite, assim que cheguei em casa, aqui em Sorocaba, depois de alguns tropeços já resolvidos, pensei: tomarei um banho e dormirei. Que nada! Existe um bar vizinho aqui na rua de casa e especialmente ontem, que eu estava sentindo um sono fenomenal e a única coisa que queria era dormir, os bêbados, arruaceiros e etcetera berravam madrugada à fora. Cansada de ouvir tanto barulho, exatamente à 01h da manhã, resolvo ligar para a polícia militar e a resposta que tenho é bastante gentil: "Ah... Hum... tem que ligar na defesa civil." - Ok. Liguemos então na defesa civil: Resposta: "Oi!... É... Então... é daquele bar na alameda, né?! O jeito é ligar na prefeitura na segunda-feira..." - Me recuso a continuar a conversa! Final da historinha: por volta das 02h30 da manhã enfim os bêbados pararam de fazer bagunça. E eu não dormi. Hoje pelo mesnos eles não fizeram bagunça, mas hoje eu não estou com sono, tô aqui na internet postando isso para não sei quem ler.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Visita

Hum... Sem tempo de escrever... Mas com tempo de passar por aqui.
À bientôt!